sábado, 8 de dezembro de 2012

Olha só quem está sentada ao meu lado, pra mais uma xícara de chá daquelas que levam à tarde toda. Sim, minha grande e velha companhia, a nostalgia. Pelo jeito é a única que não desisti de mim. Lembro me bem, exatamente o que está música é pra mim, um sentimento forte que com o tempo foi se enfraquecendo ou se enraizando cada vez mais, tão profundo que hoje, quase não sinto, estanho né? As coisas começam como um bum enorme em nossas vidas e logo depois, a intensidade parece sumir, no meio aquela neblina chata de pé de serra. Ás vezes ainda me pergunto se sou ainda capaz de trazer a tona sentimentos tão verdadeiro como o deste que essa música marcou. Parece que as vezes tudo o que tinha, se enfiou em uma pasta e se escondeu dentro daquela gaveta velha em uma estante já doada, talvez, por medo ou falta de atenção, ela se foi e eu nem percebi. Estranho mesmo. E acreditem, tudo mudou, desde 2010, só ainda não sei, o porque, ou talvez saiba mas tenho medo de encara-ló de porta e peito aberto. Só deixo ela sentada ao meu lado, revivendo tudo que eu já passei, tentando consertar erros futuros, (como se isso fosse possível), mas tentando, acreditando que tudo o que acontece conosco tem um propósito e eu não posso deixar de acreditar nunca nessa idealização. 

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